Dando prosseguimento ao calendário franzeano, foram sorteadas nesta última segunda as chaves da próxima competição na Rua Graciliano Ramos em homenagem ao "Seu" Almiro.Vamos aos grupos:
Grupo A - Mauro, Burgel, Padilha e "Vovó" Domingos
Grupo B - Mano, Leão, Robin e Gérson
Grupo C - Alam, Xico, Caju e Lucas
Grupo D - Mário, Gilberto, Mabilia e Jarnnis
Dois lances:
# Foram recebidos alguns emails perguntando de onde foi tirado o tal "art 58 com § único", sobre o caso posto em dúvida semana passada. Não sei qual regra está mais atualizada, se é esta ou aquela do caderninho laranja mas deixo o link:
No divã do Cajubrina
Um assunto que veio a tona essa semana pela mídia mesa-futebolísca do site Gothe gol, atraves das escritas do brilhante baluarte Adauto Sambaquy, foi a "eterna" discussão entre as modalidades praticantes na regra de 1 toque. Antes de pensar que é um "direito de resposta", ou alimentar qualquer tipo de polêmica, a nossa ideia aqui é apenas em colocar algumas observações que foram esquecidas, já que fomos mencionados de certa forma na sua coluna semanal.
O grupo da Franzen é bastante heterogêneo e foi formado inicialmente por botonistas veteranos que prezavam em se reunir para bater sua "bolinha", sem a pressão de competições externas. Porém, com o tempo, outros técnicos bateram a porta da associação áurea de Porto Alegre para se filiarem e passaram a disputar assim as competições estaduais. Tivemos com isso, um aglutinamento de novas ideias e consolidação dos laços de amizade através de variados botonistas defendendo a camisa amarela em diversos campeonatos.
Boa parte dos associados tem longa rodagem no futebol de mesa, às vezes, nem tanto pelo títulos conquistados, mas por terem convivido em outros clubes ou associações de futebol de mesa. Praticaram boa parte das suas "carreiras" na modalidade cavado, sem terem participado de outra regra dita como "oficial". Esse contato com a modalidade liso foi recente e veio através da entrada do associado Breno Kreuzner no quadro franzeano. O grupo, no entanto, não mediu esforços para tentar de alguma forma praticar essa nova modalidade desde a sua introdução. Sempre de portas abertas a qualquer novidade.
Assim, a Associação Franzen não fez e não faz nenhuma rejeição, objeção ou impedimento a seus praticantes participarem de determinada modalidade, no caso em questão, o liso. O que ocorre, é que alguns técnicos que tradicionalmente já jogavam a modalidade cavado, não quiseram, por vários fatores, experimentar a modalidade liso e nós respeitamos em primeiro lugar a posição destes técnicos. Sabemos a dificuldade que todas as associações passam devido à falta de novos técnicos e as nossas duas modalidade passam aqui pelo mesmo desafio. Mas ainda assim, estamos sempre buscando novas maneiras para aqueles que queiram jogar, possa praticar as mesmas sem problemas. Inclusive adquirindo novas mesas para atender esta nova modalidade, revigorando assim a nossa associação.
Posso esclarecer por experiencia própria, que tive a experiência de jogar as demais regras "confederadas" e confirmar que qualquer regra se torna satisfatória quando esta proporcionar o prazer do convívio. Antes de iniciar minhas primeiras "palhetadas" na Regra Brasileira, morava em outra cidade e nesta praticava a Regra confederada de 3 toques. Achava e acho esta regra a que mais se aproxima do futebol real, com impedimentos, sem jogadas fechadas, tiro de meta com goleiro e aonde qualquer erro pode se tornar um jogada perigosa. Contudo, por questões profissionais passei a morar aqui no Sul e já de antemão sabia que não haveria como dar prosseguimento a regra que tanto admirava.
Nem passava pela minha cabeça começar a praticar a "Regra Baiana", que pejorativamente (e erroneamente) chamávamos de "ping-pong de mesa" por sua dinâmica alternada. Entretanto, resolvi experimentar e com ela descobrindo os segredos do jogo em si. Aprendi a gostar da regra brasileira e observar os seus talentosos jogadores. Entretanto, mesmo não participando mais do movimento 3 toques, nunca esqueci dos bons momentos vividos no tempo que a pratiquei. E sempre que possível, viajava sozinho para competições nacionais em outros estados, justamente por tal regra proporcionar um diversão incomum e única.
Hoje vejo todas as regras com total respeito, pois cada qual carrega sua particularidade, suas virtudes e seus defeitos. Porém, o maior diferencial hoje é cada um poder jogar sua regra por prazer próprio, sem que haja imposição, mesmo que ela seja livre de qualquer preconceito. A discussão no formato agudo serve apenas para proporcionar e fomentar a divisão e o desconforto inútil. Assim como hoje, buscamos na historia de um passado recente do futebol de mesa, os pilares da sobrevivência do nobre esporte. Pois no contrário, estaremos apenas acelerando a extinção do mesmo. Antes de se tornar um debate sem fim, este esclarecimento é apenas uma forma de elucidar melhor a situação do futebol de mesa franzenano.
Marcelo Caju - Diretor Franzen F.M.
Voltaremos no domingo. Até!
